Rogério Marinho e Carlos Eduardo. Foto: josé Aldenir
Se espremer as últimas entrevistas dos pré-candidatos Carlos Eduardo Alves (PDT) e Rogério Marinho (PL), não vai sair quase nada de propostas efetivas para um eventual mandato no Senado. Pouco se fala a respeito de medidas concretas e objetivas para favorecer o desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte.
Os dois principais pré-candidatos a senador trocaram, ao longo dos últimos dias, ofensas a torto e a direito, deixando a discussão do Estado em 2º plano.
Eis que, em meio a esse cenário de açodamento e tiroteio eleitoral entre os dois principais oponentes, surge alguém que se predispõe a ser uma espécie de “terceira via”: o também pré-candidato Ney Lopes de Souza (Brasil 35). Com sua experiência de 77 anos, o ex-deputado federal concedeu a este AGORA RN uma entrevista sensata e propositiva.
A entrevista de Ney é praticamente um oásis em meio a tanta baixaria da pré-campanha. Quase uma luz no fim do túnel. Enquanto os dois principais pré-candidatos adotam um tom agressivo e uma comunicação violenta, Ney Lopes prefere empregar uma mensagem propositiva, entendendo que o momento do Estado é decisivo e exige debate de ideias que possam melhorar a vida da população.
Independentemente de concordar ou não com o que defende o pré-candidato Ney Lopes de Souza, este AGORA RN sustenta que o período eleitoral deve ser o momento em que o Estado debata o seu futuro, da maneira mais racional possível.
As eleições são a oportunidade para expor a realidade do Estado e ouvir daqueles que se habilitam a ocupar postos estratégicos, como o de senador, o que eles pensam sobre a mudança do cenário atual. Espera-se dos pré-candidatos dedicação a uma discussão de alto nível e um debate de ideias sobre propostas para o crescimento do Estado.
Se tem alguém que poderia ser um “franco atirador”, este seria Ney Lopes de Souza. Mas, mesmo estando bem atrás de Carlos Eduardo e Rogério Marinho nas pesquisas de intenção de voto, prefere discutir ideias. Ou, como ele mesmo fala, quer “radicalizar com propostas”.
A ideia de Ney Lopes é conduzir uma campanha com “força de vontade e idealismo”. O pré-candidato tem como meta levar para o Senado, caso seja eleito, uma discussão sobre o fato de empreendedores serem sufocados pela redução progressiva de renda e também sobre injustiças no sistema previdenciário.
O ex-deputado federal defende, ainda, a criação de uma área de livre comércio no entorno do aeroporto de São Gonçalo do Amarante, com uma meta ousada de gerar 50 mil empregos diretos. O pré-candidato também quer que sejam garantidas as condições para sustentar a agroindústria nordestina.
Num cenário de tanta irracionalidade, Ney Lopes de Souza cumpre um papel importante. É disso que o Estado precisa: de um debate sério. Fica a dica aos demais pré-candidatos.